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Competitividade no mercado de contêineres no Brasil é tema de último painel no Summit Porto 5.0

A competitividade no mercado de contêineres no Brasil foi o tema do último painel do Summit Portos 5.0, que aconteceu em Brasília (DF) nesta quinta-feira (21). Autoridades e especialistas discutiram a importância dessa competição para impulsionar o setor portuário. O evento, promovido pelo Grupo Tribuna, também foi transmitido ao vivo pela internet.

No quarto e último painel do encontro, participaram a diretora da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Flavia Takafashi, o secretário nacional dos Portos, Diogo Piloni, o secretário de Fiscalização e Infraestrutura Urbana do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Martinello Lima, o especialista em concorrência e ex-presidente do Cade Alexandre Barreto, e o head of terminals Latin America APM Terminals, Leo Huissman.

  • Redução da burocracia e arranjos produtivos são discutidos por especialistas e autoridades

  • Especialistas destacam importância da segurança jurídica e do investimento em infraestrutura para o avanço do setor portuário

Durante o painel, Piloni disse que a crise dos contêineres impactou menos o Brasil em comparação com outros países. No evento, foi comentado que dificuldades logísticas, efeitos da pandemia e dificuldade de mão de obra são alguns dos problemas enfrentados. Entretanto, o secretário nacional reiterou o crescimento do setor no país, mesmo em um cenário de dificuldades.

Segundo Piloni, o país cresceu 16% no setor de contêineres de janeiro a agosto deste ano, e o aumento é ainda maior se contabilizado o último mês. "Nós temos um crescimento ainda maior de janeiro a setembro, de 20% nesse segmento", comentou. Ele completou informando que o país está chegando a 3,5 milhões de TEUs (unidade equivalente a 20 pés), com perspectiva de chegar a 5 milhões ainda este ano.

O secretário ainda reiterou que o programa de incentivo à cabotagem, o BR do Mar, ajudará no crescimento do setor no país. Ele citou, com destaque, os leilões, ação que impacta no mercado. Piloni informou que o governo trabalha para licitar os dois primeiros terminais de contêineres depois da aprovação do marco regulatório de 2013, que são o STS 10, em Santos, e em Itajaí, Santa Catarina.


"Estamos incentivando esse mercado de contêineres no país. A importância é muito grande, por isso, a gente é insistente e resiliente para ter esse projeto", comentou Piloni.

Flávia Takafashi, diretora da Antaq, reiterou que há desafios para incentivar a concorrência e aperfeiçoamento dos portos. "O grande desafio da agência é promover um incentivo à concorrência, para que o mercado seja mais dinamizado. O setor de contêineres sofre muitas mudanças rapidamente, porque há navios cada vez maiores chegando e terminais precisando de mais investimentos. Não podemos olhar de maneira estanque para limitar a eficiência", explicou.


Flávia ainda reforçou que o setor precisa que a agência e os órgãos que atuam junto a ela deem segurança jurídica. O CEO Leo Huisman reiterou que o mercado de contêineres é competitivo para importadores e exportadores no Brasil, e que o país deve mostrar ambição.

O secretário de Fiscalização e Infraestrutura Urbana do TCU, Bruno Martinello, falou sobre a importância de investimentos e políticas públicas serem fundamentadas em informações seguras e critérios claros. Já o especialista Alexandre Barreto reiterou a necessidade da competitividade ser justa nesse ambiente.


Palestras

Além dos quatro painéis que compuseram o evento promovido pelo Grupo Tribuna, houve duas palestras sobre temas ligados ao setor. A palestra internacional ministrada pelo professor Peter De Langen antecedeu o último painel, e abordou os arranjos produtivos para a cadeia de contêineres. Por fim, o head of loss prevention do Mercado Livre, Anderson Fagundes, falou sobre cadeia de logística integrada.



Fonte: G1

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