O Porto de Santos registrou o embarque de 26,1 milhões de sacas de 60 quilos de café entre janeiro e o mês passado. O volume representa um crescimento de 2% nas exportações em relação ao mesmo período de 2021. Hoje, o cais santista representa 81% dos embarques da commodity em todo o País.
Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No total, 22 portos brasileiros escoaram o produto. Entre eles estão os portos do Rio de Janeiro, responsáveis pelo embarque de 4,6 milhões de sacas, 14,5% do total. Em seguida, o Porto de Vitória (ES) escoou 212.648 sacas, 0,7% do total. Já outras 299.172 sacas foram embarcadas no Porto de Paranaguá (PR), 0,9% do café brasileiro vendido ao mercado internacional.
Apesar do crescimento das exportações, houve queda na utilização de contêineres para o transporte do café. Enquanto nos dez primeiros meses do ano passado 94.267 TEU (unidade equivalente a um cofre de 20 pés) carregaram o produto, neste ano foram 88.576 TEU.
“Houve um pequeno avanço, mas sem mudanças significativas no mercado exportador global, que segue com menor disponibilidade de contêineres, navios congestionados em portos do Hemisfério Norte, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, dificuldades para obtenção de bookings, rolagens de cargas e custos muito altos, o que atrapalha o trabalho dos exportadores. Além disso, há maior demanda da indústria nacional pelos cafés canéforas, limitando o embarque dessa variedade”, explica o presidente do Cecafé, Günter Häusler.
Em todo o Brasil, os embarques de café somaram 3,4 milhões de sacas em outubro, uma queda de 3,2% em relação aos 3,5 milhões apurados no mesmo mês de 2021. Em receita cambial, o resultado apresentou crescimento de 30,5% na mesma comparação, com os valores recebidos pelo País saltando de US$ 653,4 milhões para os atuais US$ 852,5 milhões, maior nível desde 2011.
Já no acumulado do ano, entre janeiro e outubro, foram enviadas 32,2 milhões de sacas ao exterior, queda de 3,6% ante os 33,5 milhões registrados nos dez primeiros meses de 2021. A receita, por sua vez, cresceu 56,8%, chegando a US$ 7,605 bilhões até o fim do mês passado, valor recorde no período.
Destinos
Apesar da queda registrada no volume geral embarcado, com exceção do Japão, os demais principais parceiros comerciais seguem ampliando suas aquisições. Entre janeiro e outubro, os Estados Unidos permanecem na liderança do ranking, com a importação de 6,5 milhões de sacas (20,4% do total), volume 1,4% maior do que os 6,5 milhões comprados no mesmo intervalo de 2021.
Em seguida, a Alemanha foi responsável pela aquisição de 5,744 milhões de sacas (+4,5%); Itália, com 2,760 milhões (+15,5%); Bélgica, com 2,480 milhões de sacas (+9,0%); e Japão, com a importação de 1,533 milhão de sacas (-26,1%).
Fonte: A Tribuna
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