Três letras ganharam destaque no universo corporativo nos últimos anos: ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança). O significado do termo é amplo e envolve o risco financeiro do negócio e dos investimentos. E apesar da importância de analisar o contexto geral da tríade, é a sustentabilidade que chama a atenção, sobretudo em setores cujas emissões de CO2 geram preocupação e precisam ser constantemente mitigadas. Isso sem contar o fato de o Brasil ser um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, com cerca de 2 bilhões de toneladas de gás carbônico por ano.
O setor portuário está inserido nesse cenário, de forma que a descarbonização e a transição energética dos portos estiveram no centro da pauta da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na COP28, a Conferência Climática da ONU, realizada no final do ano passado. Além disso, a Câmara dos Deputados também aprovou em dezembro a proposta que regulamenta o mercado de carbono no Brasil (PL 2.148/15). O texto cria o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), estabelecendo tetos para emissões e um mercado de venda de títulos.
No Porto de Santos, os terminais estão atentos às mudanças e têm feito a lição de casa com foco na preservação do meio ambiente. De modo geral, a Autoridade Portuária de Santos (APS) apontou a produção de hidrogênio verde a partir da Usina de Itatinga como a principal proposta em médio prazo. Em curto prazo, há a adoção de descontos tarifários para os chamados “navios verdes”.
A lista de prioridades da estatal também inclui a adesão ao Pacto Global da ONU e medidas ESG, tanto concretas (diminuição de resíduos e destinação adequadas deles) como de conscientização, sendo o carro-chefe a jornada ESG e o manifesto ESG, encabeçado pela APS e aderido pela maioria das empresas do complexo santista.
Fonte: A Tribuna
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