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Porto de Santos: descaso com práticas ESG e navio com gás

O papel da Administração do Porto de Santos é promover produtividade e competitividade na utilização sustentável das suas complexas estrutura e instalações portuárias, para intensificar as operações comerciais, na carga e descarga de navios. Dessa forma, otimizar os fluxos dos transportes marítimo e terrestre, privilegiando a boa relação Porto & Cidade. Demarcando esse território, a Lei nº 12.815/13 definiu a poligonal do porto, como os limites físicos do espaço geográfico do poder dessa administração.

Por razões inexplicáveis e inaceitáveis, o polêmico terminal portuário de gás da Compass, empresa do grupo Cosan, foi excluído da poligonal que faz parte do modelo de contrato de transferência do controle acionário do Porto de Santos. É o caso do navio-tanque com gás, com potencial de várias bombas de Hiroshima. A explosão de armazém com explosivo, no porto de Beirute, próximo à cidade, matou 218 pessoas. Portogente entrevistou o Doutorando em Ciências da Saúde da Universidade Federal de São Paulo Jeffer Castelo, que expôs e qualificou essa ameaça à população.

Um caso de projeto que resulta de omissões deliberadas, para aumentar o lucro, em vez de investimentos devidos para garantir também a segurança de uma população, como foi a causa do incêndio dos tanques da Ultracargo, ocorrido há 7 anos, no mesmo Porto de Santos. Até hoje os danos em escala havido, da natureza e no social, não foram plenamente reparados. Com tudo isso, é impossível não debater amplamente essa questão, no sentido de colocar luz do sol sobre o navio com gás, um assunto ameaçador e tratado tão obscura e irresponsavelmente, pela autoridade portuária (SPA).

Apesar de tanto perigo em jogo, qual motivo moveu o ministério da Infraestrutura – MINFRA a excluir o terminal de gás, da Compass, da poligonal do porto, tratando-se de um projeto que deve ser instalado em águas abertas? E de forma silenciosa, sem o devido debate com a sociedade ameaçada. No horizonte do município portuário, evidencia um despreparo do governo municipal, para tratar de assunto tão complexo e muito relevante para a qualidade de vida na cidade portuária das pessoas. Bussinger analisa essa poligonal, com talento técnico e literário, e fala de pontas soltas e sinais de fumaça.

No seu papel de think tank, Portogente debate globalmente esse terminal de gás da Compass à luz da função que tem a poligonal, como área portuária e da responsabilidade da Santos Port Authority (SPA), a autoridade portuária. O foco é a conformidade com as práticas ESG (Ambiente, Social e Governança, na sigla em inglês), nas relações do Porto de Santos e as cidades que ele impacta.










Fonte: Editorial do Portogente

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