Na próxima quarta-feira, começa a ser aplicada a nova tarifa fixa por monitoramento das embarcações que ficam nas áreas de fundeio do Estado. O valor atual, que é de R$ 1.103,50, saltará para R$ 18.729,65, um reajuste próximo de 1.800%.
A cobrança via alcançar as embarcações que utilizam os canais dos Portos de Vitória, Praia Mole, Tubarão e Portocel Ubu, ou seja, todos os portos capixabas.
A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), em documento publicado em seu site, justifica o reajuste pelo monitoramento realizado pelo VTMIS.
A sigla, que em inglês significa Vessel Traffic Management Information System, na prática representa a central de controle e segurança dos navios que ficam na área de fundeio.
No documento que anuncia o aumento, a Codesa diz: “O valor apresentado passou por rodadas de discussão metodológicas para apuração de seu valor justo”.
Fontes internas da companhia dizem que o sistema, de fato moderno e com custos elevados, teria sido pago pelo poder público.
PRIVATIZAÇÃO
Há seis meses, a Codesa passou a ser controlada por uma empresa privada. Entre os arranjos com a nova operadora, a Companhia definiu seu novo nome, que passa a ser VPorts.
A administradora é a responsável pelos planos de reforma interna do porto.
Entre as intervenções pretendias está a retomada da operação de produtos agrícolas e fertilizantes no Porto de Vitória, a expansão do terminal de contêineres, novos projetos de petróleo e energia nas áreas inexploradas da Barra do Riacho, em Aracruz, entre outros.
A VPorts foi procurada para comentar o reajuste, mas, até o fechamento desta edição, às 16 horas de ontem, não houve manifestação a respeito.
O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Espírito Santos (Sindimares) também foi procurado, mas não deu retorno. Já o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex) informou que só se posicionará amanhã sobre a situação.
Fonte: A Tribuna
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