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Tecnologia contra o tráfico de drogas está nos planos do Porto de Santos

A contratação do sistema de controle e monitoramento de tráfego na navegação (VTMIS) e de um sistema antidrone para apoiar o combate o tráfico de drogas, estão na pauta de prioridades na área de tecnologia para o Porto de Santos, segundo diz o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini. Ele participou ontem de um painel sobre inovação no setor portuário, na 28ª edição da Intermodal South America 2024, em São Paulo.

 

Pomini afirma que serão destinados R$ 130 milhões para o VTMIS e que a meta é publicar os editais de contratação a partir de 2025. Quanto ao sistema antidrone, o presidente da APS comentou que o objetivo é dar apoio às operações fiscais e policiais. “Estamos estudando uma tecnologia que auxilie a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, para colaborarmos no combate ao tráfico de drogas no Porto de Santos”, afirmou.

 

Os investimentos contemplam ainda a capacitação dos funcionários da estatal gestora do Porto de Santos que irão operar os drones. “Essas pautas estão inseridas no Plano de Metas da Autoridade Portuária de Santos”.

 

Energia

 

Outro projeto de inovação citado por Pomini é a concessão da Usina Hidrelétrica de Itatinga, que fica Bertioga e fornece energia elétrica ao Porto, por meio de uma parceria público-privada (PPP). A ideia, segundo ele, é que o futuro concessionário, além de reestruturar a usina para ampliar a distribuição do excedente de energia elétrica produzida, implante um parque de produção de hidrogênio verde.

 

“O Porto de Santos é o único no mundo que tem uma usina e que produz energia além do que necessita para consumo próprio. E, dentro uma agenda ambiental, nós queremos fornecer energia para os navios de dragagem e os de cruzeiros, que são como cidades flutuantes, enquanto estiverem atracados”.

 

Para o presidente da APS, dessa forma, é possível reduzimos a queima de combustível no Porto de Santos e as emissões, trazendo benefícios ambientais.

 

Navegue Simples

 

Já a secretária executiva adjunta do Ministério de Portos e Aeroportos, Gabriela Costa, que também fez parte do painel, citou o programa Navegue Simples como uma política de inovação do Governo Federal.

 

O programa, que ainda será lançado, tem como objetivo desburocratizar concessões de arrendamentos de áreas portuárias e destravar autorizações de Terminais de Uso Privado (TUPs). “Uma das vertentes desse programa de inovação é identificar os gargalos e retirar etapas desnecessárias dos processos”.

 

Conexão

 

Participando também do debate, Cristiano Klinger, presidente da Portos RS, gestora dos portos do Rio Grande do Sul, disse que as autoridades portuárias e os terminais precisam estar conectados com as empresas de tecnologia. “É preciso olhar para a inovação, além da infraestrutura logística e da operação portuária. Pontuamos a tecnologia como indutor de transformação. O nosso papel é conectar vias para o desenvolvimento”.

 

Klinger defendeu que a empresa pública deve estreitar o relacionamento com starups e contratar soluções de inovadoras, citando o contrato que a Autoridade Portuária firmou com uma empresa de tecnologia israelense para serviço de monitoramento.
















Fonte: A Tribuna

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