Responsável por movimentar cerca de 10 milhões de toneladas de cargas diversificadas entre açúcar, milho, soja e farelo de soja, os terminais exportadores de Santos (TES), Exportador do Guarujá (TEG) e Exportador de Açúcar do Guarujá (TEAG), estão investindo na modernização, sustentabilidade e expansão da estrutura para aumentar a movimentação de cargas. Os empreendimentos estão gerando empregos, mão de obra qualificada e elevando a capacidade dos portos da Baixada Santista.
Operar de forma mais sustentável e aprimorar a capacidade de armazenamento são melhorias que estão presentes nos três projetos de obras dos terminais. Segundo o diretor de operações e relações institucionais do TEG, TEAG e TES, Régis Prunzel, as melhorias realizadas nos terminais acontecem para potencializar o recebimento de cargas via ferrovia, trazer mais agilidade à operação e aumentar a exportação das commodities.
"Os portos da Baixada movimentam cerca de 60 milhões de toneladas de grãos por ano. Atualmente, somando os três terminais, nós movimentamos 10 milhões de toneladas, o que representa praticamente 15% de tudo o que sai da nossa região. Com essas obras, pretendemos aumentar a movimentação para mais 10 milhões e vamos passar a movimentar 20 milhões de toneladas", explica Régis.
No TES, que movimenta soja, milho e farelo de soja, as otimizações acontecem para potencializar o recebimento de cargas via ferrovia, aumentar a capacidade estática de armazenamento, melhorar o sistema de segurança e manter o terminal operando de forma segura e sustentável. A obra, que acontece desde o final de 2017, será finalizada em 2023 e coloca o TES em destaque por ser o primeiro terminal portuário a operar farelo de soja em silos de concreto.
Cerca de 85% da obra do TES já foi concluída. Neste período, foram construídos os 11 silos, com capacidade total de armazenar 220 mil toneladas de grãos e farelo de soja, duas moegas ferroviárias, com capacidade de descarregar mil toneladas por hora cada uma, dois tombadores de 30 metros, cada – são os maiores da margem direita do porto, substituição de dois carregadores de navio – de três previstos -, além dos maiores elevadores de caneca da América Latina, com 72m de altura e capacidade de mil toneladas por hora, entre outros investimentos.
No início da obra, a movimentação de carga do TES era de dois milhões de toneladas. Neste ano, a expectativa é movimentar cinco milhões e, após o fim das obras, o terminal terá capacidade para exportar seis milhões de toneladas. “Nossa meta é garantir a excelência nos nossos serviços de escoamento portuário, constituindo um elo logístico essencial para a cadeia do agronegócio, reafirmando sempre nosso compromisso com o meio ambiente, com a segurança de nossas pessoas e com a disciplina operacional”, destaca Prunzel.
O TES é uma joint venture dos grupos Louis Dreyfus Company (LDC) e Cargill Agrícola, que venceram o leilão da área STS04 em dezembro de 2015. A área arrendada contempla os armazéns XL, XLII e 38, com prazo de concessão de 25 anos, prorrogáveis por igual período.
O terminal possui certificações na ISO 9001:2015; 14001:2015, 45000:2017 e GMP+B3, e conta atualmente com cerca de 1.000 colaboradores diretos e indiretos.
TEG e TEAG
No TEAG, que movimenta soja e açúcar, as obras foram divididas em quatro fases e estão previstas para serem finalizadas em 2026. Esta é a segunda grande obra que acontece no terminal desde 1996, quando ele foi construído. Os investimentos envolvem a potencialização da capacidade de movimentação, novos conceitos ambientais, implantação de novas tecnologias e a ampliação do terminal.
O projeto prevê um aumento significativo na movimentação de açúcar e soja. Atualmente, o terminal exporta quase três milhões de toneladas por ano e, após a finalização das obras, irá movimentar cinco milhões e meio de toneladas. A capacidade estática de armazenamento do terminal também será ampliada e passará de 110 mil toneladas para 138 mil.
Para movimentar soja e açúcar, foi necessário fazer uma adequação na infraestrutura do TEAG, o que resultou na primeira correia semi-enclausurada multiproduto para carregamento misto de soja, milho e açúcar do país. De acordo com Régis, o açúcar não pode passar em uma correia enclausurada como os outros produtos, pois tem maior risco de explosão. Por esse motivo, o terminal junto a fornecedores, e com a avaliação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), criaram a tecnologia pioneira nos Portos da Baixada.
Essa tecnologia traz segurança para a operação e contribui com o meio ambiente. Nós estamos atendendo às legislações ambientais e buscamos sempre evoluir para reforçar a relação porto & cidade, porque tudo isso também contribui para que a gente tenha um meio ambiente cada vez mais sustentável e nós nos preocupamos com as gerações futuras, explica Prunzel.
Já no TEG, que exporta soja e milho, a obra da Pêra Ferroviária, que em conjunto com o investimento do TEAG, irá garantir maior agilidade e segurança à operação, será entregue ainda neste ano. Para os próximos anos há expectativa de revitalização do terminal compreende o aumento da capacidade de movimentação, modernização da estrutura e adequação do píer do TEG para tornar mais segura e eficiente a amarração dos navios atracados no berço.
Com capacidade de armazenagem de 90 mil toneladas, aliada à logística verticalizada dos sócios Cargill e LDC, a diversidade de modais e a previsão de atracação são fatores fundamentais para que o terminal seja referência em performance no escoamento do agronegócio. O terminal é considerado um dos mais eficientes do Brasil.
Juntos, o TEG e o TEAG são responsáveis por cerca de 1.400 empregos entre contratações diretas e indiretas. Segundo Régis, as obras e modernização dos terminais contribuem não só com a geração de empregos, mas também para a formação e desenvolvimento de profissionais qualificados.
“Para este ano, continuaremos investindo na capacitação das nossas pessoas, manter o diálogo e a relação de respeito com a comunidade do entorno. Continuaremos com as obras de modernização e expansão dos terminais para melhorar os resultados nos portos da Baixada Santista”, conclui o diretor de operações e relações institucionais.
Fonte: G1 Santos
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